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Aula de Ginástica para o Cérebro em Indaiatuba

Funções cognitivas e executivas do cérebro: Entenda a diferença

  • Foto do escritor: Supera Interior SP
    Supera Interior SP
  • 8 de mar. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 2 de abr. de 2024

Planejamento, organização, raciocínio… linguagem. Nosso cérebro e nossa cognição tem habilidades incríveis e quase sempre subestimadas dentro do processo de desenvolvimento que acontece ao longo da vida.


Neste contexto, a cognição é capacidade de usar as estruturas do cérebro para perceber e processar as informações do meio e utilizá-las para as atividades mentais de pensamento ou resolução de problemas. No contexto das funções cognitivas e executivas do cérebro, as funções cognitivas especialmente incluem as percepções dos sentidos, as habilidades motoras, a aprendizagem, a atenção, a memória, a linguagem, o raciocínio, a tomada de decisões, etc.



“Diferentes regiões do cérebro estão envolvidas na execução das funções cognitivas, com áreas específicas sendo responsáveis por diferentes aspectos do processamento cognitivo, sendo que todas são essenciais para o desempenho acadêmico, trabalho, as relações sociais e outras áreas da vida”, explicou a neurocientista parceira do SUPERA – Ginástica para o cérebro, Livia Ciacci.


Já as funções executivas são um conjunto específico de habilidades dentro do grande grupo das funções cognitivas. É o conjunto de habilidades cognitivas que permitem o planejamento, a organização, a tomada de decisões, o controle inibitório, a flexibilidade cognitiva, a memória operacional e o monitoramento do comportamento.


“As funções executivas são as funções cognitivas diretamente responsáveis por regular e coordenar processos mentais complexos para alcançar metas e objetivos, adaptando o comportamento de acordo com as demandas do ambiente”, explicou.


Entenda sua função executiva

Considerando as funções cognitivas e executivas do cérebro, especialmente a função executiva do cérebro está dividida basicamente em três pontos:


Flexibilidade cognitiva: A habilidade de alternar entre diferentes pensamentos, estratégias ou tarefas de forma adaptativa. A flexibilidade cognitiva permite ajustar o comportamento de acordo com as demandas do ambiente e superar obstáculos ou mudanças nas condições.


É ela que usamos quando pensamos em estratégias eficazes para atingir metas, antecipar obstáculos, organizar recursos, e também quando tudo dá errado e precisamos de um plano B.


Memória de trabalho: A capacidade de manter e manipular temporariamente informações em mente para realizar tarefas cognitivas complexas. A memória de trabalho é fundamental para a resolução de problemas, o raciocínio e a compreensão de informações, mas ela tem uma limitação natural e só foca a atenção em uma atividade de cada vez.


Controle inibitório: A capacidade de inibir ou controlar impulsos, pensamentos ou comportamentos inadequados ou irrelevantes. A inibição está associada à capacidade de resistir a distrações, adiar recompensas imediatas em favor de objetivos de longo prazo e controlar comportamentos impulsivos.


Funções cognitivas e executivas do cérebro:

Como problemas neste campo impactam a sua vida?


A neurocientista parceira do SUPERA – Ginástica para o cérebro, Livia CIacci explica que, neste caso, os impactos dependem muito do tipo de disfunção, mas no geral, pequenas disfunções já podem causar impactos imensos “Por exemplo uma pessoa com dislexia, que é apenas uma organização diferente do cérebro ao lidar com a linguagem escrita, mas é o suficiente para ela ter que se esforçar muito, e durante muito tempo, para aprender estratégias para lidar com os erros de percepção na leitura”, pontuou.

As funções executivas no nosso dia a dia interagem o tempo todo em todas as nossas atividades diárias. Imagine que para preparar seguir o plano para atingir uma meta, será necessário utilizar a linguagem para aprender certos conteúdos e anotar etapas e prazos em uma agenda. Nesse cenário, quanto melhor uma pessoa domina a linguagem e a memória, melhor ela consegue aproveitar os aprendizados para colocar em prática durante o seu planejamento para a meta. 

“As funções executivas dependem das cognitivas para ter elementos e estrutura para trabalhar, e as cognitivas dependem das executivas para aprender e se aperfeiçoar”, detalhou a especialista.


Funções cognitivas e executivas ao longo da vida

As funções cognitivas de todo o cérebro se formam desde um pouco antes do nascimento até a adolescência, sendo que os 3 primeiros anos de vida são cruciais para construir a base emocional do desenvolvimento cognitivo, e dos 4 aos 12 anos estão os períodos críticos para aprendizagem motora, da linguagem e da socialização.

Na infância as funções executivas ainda estão começando a surgir. Por isso que é excelente deixar as crianças explorando o parquinho e se sujando inteiras, mas não podemos responsabilizá-las por nenhuma decisão.

 
 
 

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